Em requerimento, a vereadora Ana Borghi pede à Prefeitura informações acerca dos impactos da subestação de energia Fernão Dias, situada no bairro Boa Vista, sobre a população local.

    De acordo com relato de moradores dos bairros Boa Vista, Chácaras Fernão Dias e Cachoeira à vereadora, os barulhos constantes produzidos pelos equipamentos de geração e estabilização de energia trazem problemas sérios à população.

    “Ademais, há luminosidade excessiva no período noturno, o que pode trazer também impacto ambiental, dada a existência de área de mata no entorno. Ou seja, os moradores sentem-se inseguros quanto a uma possível emissão eletromagnética (tanto da subestação quanto das linhas de transmissão em operação) que possa causar danos não apenas nas ondas de rádio e internet, mas principalmente à saúde humana e dos animais”, advertiu Borghi.

    No documento, a vereadora questiona se existe algum estudo de impacto de emissão de ruído e emissão eletromagnética. “O estudo observou a lei de isolamento, preservando os aspectos de saúde e sossego? Há alguma obrigação direcionada aos responsáveis pelo empreendimento em manter o acompanhamento acerca do impacto pós-implantação desta subestação?”, questiona.

    Por fim, Ana Borghi solicitou cópias dos documentos que comprovem as respostas do Executivo, bem como das licenças de instalação e operação da subestação.

    MAS
    Segundo o MAS – Movimento dos Atingidos por Subestação do Bairro Boa Vista, após anos sem ter informações claras, a comunidade local se organizou através desse movimento, diante do ruído perturbador constante percebido até 4km de distância; riscos de poluição eletromagnética não verificada, estouros, chiados e cheiro de queimado trazendo o temor de incêndio e explosão; danos à infraestrutura do entorno, poluição das águas com enxurradas de lama nos ribeirões e severos danos à paisagem do bairro que se degrada constantemente.

    “Não iremos desistir, pois temos uma realidade dura, em que moradores não conseguem mais sossego para se concentrar em tarefas durante o dia ou relaxar e descansar após um dia de trabalho. Além disso, temos descoberto que esse panorama se repete em outras localidades do país, onde mais gente está se sentindo obrigada a conviver calada com Subestações barulhentas e torturantes como vizinhança”, finaliza o MAS.

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    Márcio Costa, jornalista e radialista, inicia sua carreira em 1983 como locutor noticiarista em Sorocaba. Em Atibaia, em 1988, implanta um formato inovador na FM local com entrevistas e transmissões ao vivo. Em São Paulo, atuou em rádio e televisão por mais de 25 anos. Em 2015, cria o jornal g8.