A vereadora Ana Beathalter utilizou a tribuna da Câmara na semana passada para falar sobre a construção do Hospital Público Municipal.

    “Como vereadora, sei da importância e da necessidade urgente de um novo hospital em Atibaia, porém a decisão favorável da Justiça em relação à sua construção, mesmo sendo uma vitória para a Saúde do nosso município, tem a ver também com o dinheiro público e com os perigos da alta conta que cadacidadão atibaiense vai pagar nos próximos anos”, ponderou.

    Ainda segundo Beathalter, a prefeitura de Atibaia optou pelo modelo de ‘locação de ativos’, mas, nesta modalidade, o valor final da obra daria para construir quatro hospitais: o custo original da obra seria de 38.817.000,00, no entanto, o modelo escolhido aumentará o custo final para aproximadamente 160 milhões em 28 anos e 6 meses, somando a correção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

    “A pergunta que precisamos fazer é: por que a prefeitura não escolheu uma opção mais barata para a construção, sendo que existe essa possibilidade? O que está por trás disso? Por que vamos pagar mais caro ao longo de vários anos já que a conta sairá do bolso dos munícipes, impactando fortemente o orçamento municipal?”, questionou. “Eu acompanho as contas públicas da prefeitura [de Atibaia] e sei que é possível construir esse hospital com os recursos que temos em caixa e as previsões de orçamento ou com recursos de outras linhas de crédito, inclusive já aprovadas pela Câmara Municipal”, completou.

    Beathalter ainda argumentou que este custo prevê apenas a construção do hospital, sem incluir os gastos com todos os equipamentos e materiais necessários para seu funcionamento.

    “Diante disso tudo, é extremamente preocupante o fato do governo escolher uma forma mais cara para construção do hospital. A população aguarda ansiosamente a melhoria da Saúde, e nem eu, nem ninguém, é contra isso. Mas a gente precisa questionar quais são os valores envolvidos e a motivação das escolhas nos gastos do dinheiro público”, concluiu a vereadora.

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    Márcio Costa, jornalista e radialista, inicia sua carreira em 1983 como locutor noticiarista em Sorocaba. Em Atibaia, em 1988, implanta um formato inovador na FM local com entrevistas e transmissões ao vivo. Em São Paulo, atuou em rádio e televisão por mais de 25 anos. Em 2015, cria o jornal g8.